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Enfermeiro investigado após fazer cirurgia plástica dentro de hospital público no MA
A Câmara Ética do Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão (Coren-MA) suspendeu, de forma, cautelar o exercício da profissão de enfermeiro de Alberto Rodrigues da Silva, o qual atuava como falso médico em hospitais públicos do Maranhão e é investigado pela morte de uma mulher, na qual ele fez uma cirurgia plástica dentro do Hospital Municipal de Lago dos Rodrigues, a 324,8 km de São Luís.
Com a decisão do Coren-MA, Alberto Rodrigues fica impedido de exercer a profissão até a finalização do processo movido contra ele junto ao Conselho de Ética da entidade.
Alberto foi preso no dia 23 de junho, deste ano, após a Justiça do Maranhão expedir um mandado de prisão preventiva contra ele. Ele foi detido em Lago dos Rodrigues e encaminhado à delegacia para prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio. Em seguida, foi encaminhado para o Sistema Penitenciário do Maranhão.
Em 31 de maio, a esteticista Erinalva de Jesus Dias, de 37 anos, passou por uma cirurgia no Hospital Raimundo Joaquim de Sousa na cidade de Lago dos Rodrigues, a 324,8 km de São Luís. Segundo testemunhas, o procedimento foi realizado apenas pelo enfermeiro Alberto, que não era habilitado para realizá-lo.
Durante a cirurgia, Erinalva passou mal e foi levada para outro hospital. O médico que a atendeu percebeu que ela havia passado por uma abdominoplastia, em que é feita a retirada de excesso de pele e gordura do abdômen. Erinalva acabou morrendo.
A diretora do hospital e os profissionais que estavam de plantão afirmaram à polícia não saber que o enfermeiro estivesse realizando o procedimento. Alberto teve o contrato rescindido com hospital, e o Conselho Regional de Enfermagem abriu um procedimento disciplinar contra o profissional.
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) investiga como Alberto teve acesso ao centro cirúrgico do hospital municipal, para realizar a abdominoplastia na vítima.
De acordo com o delegado Márcio Coutinho, da Delegacia de Lago da Pedra, o laudo médico feito no corpo da esteticista concluiu que o procedimento feito pelo enfermeiro provocou a morte da vítima.
"O laudo de necrópsia foi bem conclusivo que a morte dela foi em decorrência do procedimento feito por ele. Agora, ele está à disposição da Justiça, vamos concluir o inquérito policial e finalizar as investigações", disse.
Usando documentos falsos e sem habilitação, Alberto cobrou R$ 5 mil reais por uma abdominoplastia, procedimento usado para retirada de excesso de gordura e pele do abdômen. Para a família, a esteticista havia dito que faria uma cirurgia para retirada das trompas.
Entretanto, durante o procedimento, ela passou mal e foi levada para um hospital em Bacabal, cidade a 240 km de São Luís. Ao chegar no hospital, o médico que examinou ela constatou que ela havia passado por uma cirurgia estética. Ela não resistiu as complicações e morreu.
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